Última hora:Ibrahim Traoré desafia o império: Burkina Faso sob ataque invisível
Burkina Faso está a arder — não só pelas chamas do conflito armado, mas também por estar no centro de uma guerra silenciosa entre soberania africana e dominação ocidental.
No coração desta batalha está Ibrahim Traoré, o jovem líder militar que se recusa a curvar-se diante das potências americanas e europeias. Num cenário marcado por interesses geopolíticos ocultos, a narrativa sobre o terrorismo ganha novas camadas de interpretação.
O padrão repete-se: figuras que antes eram glorificadas pelo Ocidente quando serviam os seus interesses — como foi o caso de Bin Laden durante a guerra contra a União Soviética — são posteriormente taxadas de terroristas assim que se viram contra os novos dominadores.
No discurso partilhado por Ahmad Nlandu, e difundido pelo ativista Zana Manuel, surge uma crítica direta: “Ou te tornas cópia do sistema, ou és tratado como ameaça ao império.”
Em Angola, vozes dissidentes foram silenciadas, segundo os autores, através de leis antiterrorismo que penalizam até mesmo pensamentos alternativos, julgados como potencialmente perigosos. Uma repressão que atinge intelectuais, ativistas e líderes políticos que não se alinham com a agenda dominante.
Agora, todos os olhos estão voltados para Burkina Faso, um país africano rico em recursos e ambições soberanas. Com a ascensão de Traoré e a sua retórica anti-imperialista, o país tornou-se um campo de tensão geopolítica e um símbolo de resistência africana moderna.
Mas até onde vai este filme? A pergunta permanece no ar, enquanto a história continua a ser escrita com sangue, censura e resistência.